sábado, 20 de junho de 2015

Chip que simula coração humano pode substituir testes em animais


O professor Kevin Healy, que liderou a equipe de pesquisa afirma que é possível acabar com os testes em animais com esse método. Além das questões éticas, testes de medicamentos cardiovasculares em animais preocupavam os cientistas porque a droga agia de forma diferente nos organismos. O professor Healy ainda informou que essas pesquisas feitas em animais resultavam em resultados ineficientes e caros que não produziam respostas precisas.

Os chips foram criados com músculos de coração cultivados em laboratório a partir de células tronco pluripotentes que, induzidas, são capazes de crescer em outro tipo de célula. Após isso, a equipe montou uma estrutura que respeitava a geometria e o espaçamento das fibras cardiovasculares. Canais de microfluidos esculpidos em silicone foram implantados para simular os vasos sanguíneos, imitando a troca de nutrientes e medicamentos com tecido humano como ocorreria no corpo. As células começam a bater por conta própria dentro de 24 horas.

A equipe testou 4 tipos de medicamentos com esse método, um deles que trata freqüência cardíaca lenta, levou os batimentos de 55 para 124 por minuto. Os pesquisadores alegaram que poderiam usar as células do próprio paciente para obter um resultado ainda mais preciso, assim como elaborar pesquisas para tratamento de doenças genéticas.

O próximo passo da equipe é tentar determinar se o sistema pode ser ligado a outros órgãos em um chip para modelar interações multi-órgãos. O estudo completo pode ser encontrado online na revista Scientific Reports.






Via olhardigital



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