sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pesquisadores criam ‘pele’ digital que dá tato a próteses

Os sensores podem ser vistos acoplados às pontas de uma mão artificial

Engenheiros construíram sensores altamente sensíveis que podem dar a sensação táctil à próteses externas. Os sensores flexíveis são capazes de detectar o toque e, como a pele, produz impulsos elétricos que respondem ao aumento de pressão e são reconhecidos pelo sistema nervoso central.
Eles também usaram esses impulsos para ativar neurônios em amostras de cérebros de ratos. Os cientistas pretendem agora utilizar a "pele" artificial no revestimento de próteses de modo a proporcionar aos usuários uma sensação táctil.
Os pesquisadores afirmam que o sistema permite uma reprodução mais fiel do tato do que outros modelos de pele artificial, oferecendo uma opção promissora de desenvolvimento para próteses responsivas.
A principal vantagem, segundo a autora Zhenan Bao, é que o sensor flexível produz um padrão de impulsos que é reconhecido pelo sistema nervoso.
"Com materiais plásticos, nós e outros pesquisadores nessa área já tínhamos conseguido produzir sensores sensíveis ao toque - mas o sinal elétrico que saía desses sensores não tinha o formato certo para ser interpretado pelo cérebro", disse Bao.
Isso significa que outros modelos, embora tenham produzido resultados importantes em testes com pacientes, demandavam um processador ou um computador para "traduzir" a informação do toque.
"Nosso sensor agora é acoplado a um circuito eletrônico impresso. Esse circuito permite que o sensor gere impulsos elétricos que conseguem se comunicar com o cérebro", afirma Bao, engenheira química da Universidade de Stanford, nos EUA.
"À medida que a eficácia e a segurança desse método ficar mais clara, será possível prever mais usos do estímulo neuronal optogenético em próteses, mas isso levará tempo e esforço".  Afirma a cientista.

Via: Terra

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